Bem, segundo post.Esse vai para a Marianna, conhecida como Máh, ou moranga para os íntimos (eu).Nos conhecemos a, finalmente posso dizer isso, mais de sete anos. É maravilhoso lembrar de cada momento que passamos juntas. Madrugadas em claro jogando RPG de HP. Brigas, maquiagens, lanches noturnos... Me pego sorrindo ao lembrar de cada detalhe. Foi com ela que eu descobri a hp do terra, com ela eu soube como era jogar RPG, também com ela eu aprnedi macetes de virar a madrugada e sentir como o sono vem após às oito da manhã. Foi com essa mesma garota que eu fiz meu (nosso) primeiro arroz, que ficou uma bosta por sinal. Foi também a Marianna que me ensinou a brincar de boneca aos onze anos. Tudo era um mar de rosas até a nossa maldita e adorada adolescencia. Nos mudamos, nós mudamos. Brigamos muito, ficamos meses sem nos falarmos sendo visinhas. Voltamos... Aí já não era nada igual. Novos amigos, novas dependências e a descoberta de estar menos ligada que antes. Enfim... Agora estou com dezesseis anos e ela, muito em breve, no dia 20 de Agosto, fará dezessete. Estou feliz... muito feliz por sinal de estarmos juntas, apesar dos pesares. Foi com ela que eu descobri que um "Cala a boca e me escuta. Se você estiver perto de um buraco eu vou te avisar, você querendo ou não" vale mais do que um "eu te amo."Eu te amo, Marianna.
Feito por :Yasmin Monteiro.
*A noite.Mesmo depois de tantos anos fora, ela percebe que tinha que voltar...Precisavam dela por perto.Ali, para de fronte aos portões ladeados pelas estátuas de pedra.Os portões enferrujados pelo tempo..."Talvez ela não reabra..." Ela pensa, e sente uma fisgada em sua mente, e passa-lhe um flash, com um bondoso homem ancião sorrindo ao admirar a escola.Ela levanta as mãos envoltas pelas luvas de veludo negro e toca nos cadeados, que não resistem ao toque e se destravam, deixando a corrente cair com aquele som dos elos caindo uns sob os outros no chão de pedras e areia.Na completa escuridão, enxerga muito pouco, e permanece na penumbra.Empurra o portão, mau sinal, ele abre sem problema algum.Ela segue pelo caminho que levava ao castelo, este sem as luzes amarelas brilhando no alto das torres e das janelas, como era no ano letivo.Depois de alguns minutos andando, chega ao portão de carvalho, e o empurra com ambas as mãos.Archotes acesos no Hall, elfos domésticos passas silenciosos para um lado e para o outro.Fazendo reverencias ao passar por ela.Vai até o Salão Principal, onde as quatro mesas estão postadas, como antes, porém a decoração do salão permanece em luto, assim como no ultimo dia de aula, aquela cena lhe traz lembranças, ela e mais dois alunos sendo selecionados um dia antes do ano letivo de Hogworts começar em seu primeiro ano, como o próprio chapéu seletor gritou orgulhoso o nome de sua casa, no momento em que foi selecionada debaixo de aplausos dos dois colegas e de todos os professores, exeto um...Como aquele mesmo único professor fora capaz de acabar com a sua vida em uma única noite a menos de um mês... E como tudo iria mudar.Algo cai no chão a alguns metros trazendo-a de volta ao presente, começa a andar em direção as escadas...Estaria ela já a espera?...Iria descobrir em instantes.Andava em passos rápidos, de fato, ansiosa.Ela diz a senha, a gárgula gira... "Por instantes... tudo parece a mesma coisa... Por que?!".Sobe os degraus, chegando a porta de madeira lustrada, dá dois toques esperando resposta, nada, ela abre a porta muito devagar e entra, fechando a porta com um baque surdo ao passar.Observa a sala durante longos segundos, todos os objetos de estimação dele brilhavam sobre a luz do luar, delicados sobre a mesa de quatro pernas finas, giravam graciosamente, olha a janela aberta e a lua alta, os quadros nas paredes fingindo aquele sono profundo, como se não houvesse ninguém ali, com exeção do ex Diretor Dipped, que a olhava com bastante interesse, e é claro o Ex Diretor Alvo Dumbledore com seu recente quadro na parede, olhando fixamente através dos óculos de meia lua, com as pontas dos dedos unidas, depois de olhá-los por um longo tempo, ela desvia o olhar, sentindo os olhos arderem.Apóia as mãos nas costas de uma poltrona virada de costas para a lareira no momento em que ela começa a ardem em uma chama esmeralda, de onde surge a nova diretoria de Hogworts, Minerva Mcgonagal.Ela dá alguns passos, fazendo menção de abraçar a garota que está na sua frente, mas é capaz de se controlar e apenas ficar a admirá-la.A moça mantém um olhar firme, porém feliz de ver a antiga professora de Transfiguração novamente, depois de tanto tempo.Depois de um longe silêncio, a diretora diz, com uma voz meio abafada* Então... Veio pra ficar?*Ela pergunta num tom duvidoso, com aquela voz tão antiga que ralhava com ela quando fazia alguma besteira.*Não tenho escolha Minerva... *Ela olha pra baixo e deixa que duas lágrimas quentes, saltem de seus olhos azulados, ambas rolam pela sua face lisa e doce, caindo com silencio sobre a sua capa preta com o mesmo veludo negro de suas luvas, ao mesmo tempo sente duas mãos quentes, de pele enrugada pelo tempo a envolverem num abraço quente e doloroso.Ambas mulheres naquele instante dividiam a mesma dor da perda, da angustia sem saber de fato, o que estaria por vir agora.O mundo dos bruxos estava caindo, mergulhando num ninho de serpentes venenosas a qual um único homem, ou melhor, menino seria capaz de salvá-los. *
Feito por: Marianna Alves.
*A noite sempre trouxera consigo uma solidão inexplicavelmente bela e amarga, que só aumentara em vista dos recentes acontecimentos. Chegou o momento que em toda sua vida, ela havia pedido que nunca chegasse: Tinha de escolher um lado. Mesmo Sophia nunca tendo sido das mais apegadas, Dumbledore era uma espécie de certeza para ela, se havia alguém nesse mundo que estaria sempre lá, com aquele sorriso caloroso, olhinhos miúdos cercado das marcas da idade e passando uma segurança quase celestial, esse alguém era Dumbledore. Porém ela parecia apática a toda a tristeza que tomara o castelo, sim ele fazia falta, mas nos últimos anos havia se acostumado a perder pessoas que gostava. Seu lado sempre parecera pré-determinado, principalmente por ser filha de dois destemidos Aurores, mas a muito que uma dúvida parecia martelar sua mente, perturbar seus sonhos e principalmente seu coração "O que afinal de contas eles haviam ganhado com isso?", seu pai fora morto brutalmente em combate e a mãe, enlouquecera após perder o grande amor, além de ter afetado sua infância, pois ela passara um bom tempo se escondendo com o que restava da família. Tinha medo de acabar como o pai, morta, ou pior louca como a mãe, sem consciência do que já fora um dia e de tudo que podia ter sido. Também por causa disso evitara o amor, ou pelo menos demonstrá-lo. E sempre que perdia alguém que amasse ocupava a cabeça, dando aos que a viam a impressão de que nem sentira. Bom funcionara tão bem até ali, pois sempre se afastou. Mas dessa vez coube a ela voltar, e ficar por perto. Queria sair correndo dali no momento que descera do carro, mas não podia fazer isso, devia muitos favores aquela mulher, aquele lugar e principalmente precisava começar a enfrentar seus monstros. Ela ajeitou o longo sobretudo negro de couro gasto, e olhou para o portão por um momento ouviu seu próprio coração batendo, tamanho sua ansiedade e nervosismo. Empurrou o portão com o pé, e entrou. Olhando tudo aquilo ao redor, lembrou-se de tudo que vivera ali, Hogwarts lhe trazia lembranças não muito boas, sempre fora muito quieta e por isso excluída de qualquer grupinho social, desconfiada demais para ter amigos ali. O único que realmente a importava era seu irmão, com quem fora criada, e em quem confiava, nos primeiros anos ele também estudava lá, contudo quando o mesmo terminou o colégio, e saiu. Tudo pareceu se tornar exílio e tristeza, franzina, ela não fazia sucesso com os garotos, e eles tão pouco a interessavam, ninguém chegava aos pés dele, Klaus, o seu irmão. Mesmo a ela parecia loucura, mas ele era o modelo de homem no qual se inspirava. Terminou o colégio, com boas notas, porém só. E jurou a si própria que não voltaria até aquele lugar, nunca mais. Apesar de brilhante ao sair da escola, foi trabalhar nas Gemialidades Weasley. Passou algum tempo lá e saiu, foi trabalhar com o que entendia, Poções sempre fora sua melhor matéria, acabou trabalhando para o Ministério. Mas sempre fazendo alguns por fora, e com convites regulares para ser Auror. De repente parecia despertar de seu transe, e continuou a andar. Olhando cada um dos detalhes, reparando em tudo ao redor, entrou pelas grandes portas de carvalho. Ela nunca vira Hogwarts tão mórbida, tão triste... Tão apagada. Passou em silêncio, ignorando seus pensamentos que a faziam querer sair correndo. Disse a senha e a gárgula a deixou subir, chegando na sala qual não foi sua surpresa ao descobrir que sua conversa com McGonnagal não seria tão pessoal quanto imaginara.* Boa noite. *Disse áspera e aparentemente intacta pelo clima mórbido das mulheres da sala. Olhou para a foto do único diretor que conhecera em Hogwarts e esboçou um sorriso carinhos, rapidamente se conteve e olhando pra mulher a sua frente, praticamente ignorando a outra a seu lado perguntou, sem deixar transparecer toda sua dúvida e incerteza.* Então, a que viemos?.
"És parte ainda do que me faz forte. Pra ser honesto só um pouquinho infeliz.Mas tudo bem, tudo bem.
Lá vem, lá vem, lá vem de novo
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti, que não me esquecerei." Giz - Legião Urbana.