terça-feira, 22 de julho de 2008

Yas s2 Máh.


Bem, segundo post.Esse vai para a Marianna, conhecida como Máh, ou moranga para os íntimos (eu).Nos conhecemos a, finalmente posso dizer isso, mais de sete anos. É maravilhoso lembrar de cada momento que passamos juntas. Madrugadas em claro jogando RPG de HP. Brigas, maquiagens, lanches noturnos... Me pego sorrindo ao lembrar de cada detalhe. Foi com ela que eu descobri a hp do terra, com ela eu soube como era jogar RPG, também com ela eu aprnedi macetes de virar a madrugada e sentir como o sono vem após às oito da manhã. Foi com essa mesma garota que eu fiz meu (nosso) primeiro arroz, que ficou uma bosta por sinal. Foi também a Marianna que me ensinou a brincar de boneca aos onze anos. Tudo era um mar de rosas até a nossa maldita e adorada adolescencia. Nos mudamos, nós mudamos. Brigamos muito, ficamos meses sem nos falarmos sendo visinhas. Voltamos... Aí já não era nada igual. Novos amigos, novas dependências e a descoberta de estar menos ligada que antes. Enfim... Agora estou com dezesseis anos e ela, muito em breve, no dia 20 de Agosto, fará dezessete. Estou feliz... muito feliz por sinal de estarmos juntas, apesar dos pesares. Foi com ela que eu descobri que um "Cala a boca e me escuta. Se você estiver perto de um buraco eu vou te avisar, você querendo ou não" vale mais do que um "eu te amo."Eu te amo, Marianna.


Feito por :Yasmin Monteiro.



*A noite.Mesmo depois de tantos anos fora, ela percebe que tinha que voltar...Precisavam dela por perto.Ali, para de fronte aos portões ladeados pelas estátuas de pedra.Os portões enferrujados pelo tempo..."Talvez ela não reabra..." Ela pensa, e sente uma fisgada em sua mente, e passa-lhe um flash, com um bondoso homem ancião sorrindo ao admirar a escola.Ela levanta as mãos envoltas pelas luvas de veludo negro e toca nos cadeados, que não resistem ao toque e se destravam, deixando a corrente cair com aquele som dos elos caindo uns sob os outros no chão de pedras e areia.Na completa escuridão, enxerga muito pouco, e permanece na penumbra.Empurra o portão, mau sinal, ele abre sem problema algum.Ela segue pelo caminho que levava ao castelo, este sem as luzes amarelas brilhando no alto das torres e das janelas, como era no ano letivo.Depois de alguns minutos andando, chega ao portão de carvalho, e o empurra com ambas as mãos.Archotes acesos no Hall, elfos domésticos passas silenciosos para um lado e para o outro.Fazendo reverencias ao passar por ela.Vai até o Salão Principal, onde as quatro mesas estão postadas, como antes, porém a decoração do salão permanece em luto, assim como no ultimo dia de aula, aquela cena lhe traz lembranças, ela e mais dois alunos sendo selecionados um dia antes do ano letivo de Hogworts começar em seu primeiro ano, como o próprio chapéu seletor gritou orgulhoso o nome de sua casa, no momento em que foi selecionada debaixo de aplausos dos dois colegas e de todos os professores, exeto um...Como aquele mesmo único professor fora capaz de acabar com a sua vida em uma única noite a menos de um mês... E como tudo iria mudar.Algo cai no chão a alguns metros trazendo-a de volta ao presente, começa a andar em direção as escadas...Estaria ela já a espera?...Iria descobrir em instantes.Andava em passos rápidos, de fato, ansiosa.Ela diz a senha, a gárgula gira... "Por instantes... tudo parece a mesma coisa... Por que?!".Sobe os degraus, chegando a porta de madeira lustrada, dá dois toques esperando resposta, nada, ela abre a porta muito devagar e entra, fechando a porta com um baque surdo ao passar.Observa a sala durante longos segundos, todos os objetos de estimação dele brilhavam sobre a luz do luar, delicados sobre a mesa de quatro pernas finas, giravam graciosamente, olha a janela aberta e a lua alta, os quadros nas paredes fingindo aquele sono profundo, como se não houvesse ninguém ali, com exeção do ex Diretor Dipped, que a olhava com bastante interesse, e é claro o Ex Diretor Alvo Dumbledore com seu recente quadro na parede, olhando fixamente através dos óculos de meia lua, com as pontas dos dedos unidas, depois de olhá-los por um longo tempo, ela desvia o olhar, sentindo os olhos arderem.Apóia as mãos nas costas de uma poltrona virada de costas para a lareira no momento em que ela começa a ardem em uma chama esmeralda, de onde surge a nova diretoria de Hogworts, Minerva Mcgonagal.Ela dá alguns passos, fazendo menção de abraçar a garota que está na sua frente, mas é capaz de se controlar e apenas ficar a admirá-la.A moça mantém um olhar firme, porém feliz de ver a antiga professora de Transfiguração novamente, depois de tanto tempo.Depois de um longe silêncio, a diretora diz, com uma voz meio abafada* Então... Veio pra ficar?*Ela pergunta num tom duvidoso, com aquela voz tão antiga que ralhava com ela quando fazia alguma besteira.*Não tenho escolha Minerva... *Ela olha pra baixo e deixa que duas lágrimas quentes, saltem de seus olhos azulados, ambas rolam pela sua face lisa e doce, caindo com silencio sobre a sua capa preta com o mesmo veludo negro de suas luvas, ao mesmo tempo sente duas mãos quentes, de pele enrugada pelo tempo a envolverem num abraço quente e doloroso.Ambas mulheres naquele instante dividiam a mesma dor da perda, da angustia sem saber de fato, o que estaria por vir agora.O mundo dos bruxos estava caindo, mergulhando num ninho de serpentes venenosas a qual um único homem, ou melhor, menino seria capaz de salvá-los. *


Feito por: Marianna Alves.


*A noite sempre trouxera consigo uma solidão inexplicavelmente bela e amarga, que só aumentara em vista dos recentes acontecimentos. Chegou o momento que em toda sua vida, ela havia pedido que nunca chegasse: Tinha de escolher um lado. Mesmo Sophia nunca tendo sido das mais apegadas, Dumbledore era uma espécie de certeza para ela, se havia alguém nesse mundo que estaria sempre lá, com aquele sorriso caloroso, olhinhos miúdos cercado das marcas da idade e passando uma segurança quase celestial, esse alguém era Dumbledore. Porém ela parecia apática a toda a tristeza que tomara o castelo, sim ele fazia falta, mas nos últimos anos havia se acostumado a perder pessoas que gostava. Seu lado sempre parecera pré-determinado, principalmente por ser filha de dois destemidos Aurores, mas a muito que uma dúvida parecia martelar sua mente, perturbar seus sonhos e principalmente seu coração "O que afinal de contas eles haviam ganhado com isso?", seu pai fora morto brutalmente em combate e a mãe, enlouquecera após perder o grande amor, além de ter afetado sua infância, pois ela passara um bom tempo se escondendo com o que restava da família. Tinha medo de acabar como o pai, morta, ou pior louca como a mãe, sem consciência do que já fora um dia e de tudo que podia ter sido. Também por causa disso evitara o amor, ou pelo menos demonstrá-lo. E sempre que perdia alguém que amasse ocupava a cabeça, dando aos que a viam a impressão de que nem sentira. Bom funcionara tão bem até ali, pois sempre se afastou. Mas dessa vez coube a ela voltar, e ficar por perto. Queria sair correndo dali no momento que descera do carro, mas não podia fazer isso, devia muitos favores aquela mulher, aquele lugar e principalmente precisava começar a enfrentar seus monstros. Ela ajeitou o longo sobretudo negro de couro gasto, e olhou para o portão por um momento ouviu seu próprio coração batendo, tamanho sua ansiedade e nervosismo. Empurrou o portão com o pé, e entrou. Olhando tudo aquilo ao redor, lembrou-se de tudo que vivera ali, Hogwarts lhe trazia lembranças não muito boas, sempre fora muito quieta e por isso excluída de qualquer grupinho social, desconfiada demais para ter amigos ali. O único que realmente a importava era seu irmão, com quem fora criada, e em quem confiava, nos primeiros anos ele também estudava lá, contudo quando o mesmo terminou o colégio, e saiu. Tudo pareceu se tornar exílio e tristeza, franzina, ela não fazia sucesso com os garotos, e eles tão pouco a interessavam, ninguém chegava aos pés dele, Klaus, o seu irmão. Mesmo a ela parecia loucura, mas ele era o modelo de homem no qual se inspirava. Terminou o colégio, com boas notas, porém só. E jurou a si própria que não voltaria até aquele lugar, nunca mais. Apesar de brilhante ao sair da escola, foi trabalhar nas Gemialidades Weasley. Passou algum tempo lá e saiu, foi trabalhar com o que entendia, Poções sempre fora sua melhor matéria, acabou trabalhando para o Ministério. Mas sempre fazendo alguns por fora, e com convites regulares para ser Auror. De repente parecia despertar de seu transe, e continuou a andar. Olhando cada um dos detalhes, reparando em tudo ao redor, entrou pelas grandes portas de carvalho. Ela nunca vira Hogwarts tão mórbida, tão triste... Tão apagada. Passou em silêncio, ignorando seus pensamentos que a faziam querer sair correndo. Disse a senha e a gárgula a deixou subir, chegando na sala qual não foi sua surpresa ao descobrir que sua conversa com McGonnagal não seria tão pessoal quanto imaginara.* Boa noite. *Disse áspera e aparentemente intacta pelo clima mórbido das mulheres da sala. Olhou para a foto do único diretor que conhecera em Hogwarts e esboçou um sorriso carinhos, rapidamente se conteve e olhando pra mulher a sua frente, praticamente ignorando a outra a seu lado perguntou, sem deixar transparecer toda sua dúvida e incerteza.* Então, a que viemos?.



"És parte ainda do que me faz forte. Pra ser honesto só um pouquinho infeliz.Mas tudo bem, tudo bem.

Lá vem, lá vem, lá vem de novo

Acho que estou gostando de alguém

E é de ti, que não me esquecerei." Giz - Legião Urbana.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Angel e Teka. s2


Esse é o meu primeiro post no blog, e vou dedicá-lo à Renatinha. Farei isso postando uma das melhores partes do nosso jogo. O mesmo cresce e se desenvolve assim como a nossa amizade, que completará um ano em breve.Mesmo tão diferentes, Angel entende Teka, e Teka entende Angel como eu entendo a Renata, e ela, incrivelmente consegue me entender. Uma amizade incondicional, mútua.


Feito por Renata L. Fonseca.


*Então, depois de um tempo inimaginável, impossível de saber, ela abre os olhos; as pálpebras pesam, o corpo todo dói muito; ela tenta levantar-se, mas sente-se pesada como chumbo, o que faz com que vá de encontro ao chão, sentindo o rosto bater em algo frio e úmido; força mais as pálpebras, sentindo a cabeça explodir ao fazê-lo. Onde estava? O que estava acontecendo? Por um momento, ela não mais procurou enxergar o lugar onde estava, mas assim buscou em seu cérebro, no córtex, o que a trouxera ali, o que havia ocorrido; tudo ficou escuro, escuridão que logo foi invadida por flashes de lembranças, tremidos, distorcidos. Ela caminhava por ruas quase desertas, então tudo enegrecia, a imagem de um prédio alto se formava, e depois era substituída pela imagem daquela mesma rua vista de cima, o que veio a seguir não foi uma lembrança, não foi um flash, foi uma escuridão tremenda e uma dor agonizante que fazia contorcer-se naquele chão frio. Berrou com todas as suas forças, a dor invadia cada poro de sua epiderme, era como se facas furassem todo seu corpo, entrando e saindo em várias regiões em ritmo frenético, incansável. Abriu os olhos repentinamente, o máximo que pôde, uma claridade mais terrível que a dor queimou sua retina, deixando-a cega momentaneamente, ou estava cega de dor? Não sentia mais dor, sentia-se dolorida, apenas. Ela não respirava. Mas por que isso importava? Não precisava respirar. Mas ela tinha, tinha que respirar! Ela era... Não era! Manteve os olhos fechados, luzes piscavam rapidamente, luzes cada vez menores, consumidas pela escuridão. Porém algo um tanto distante chamou sua atenção, algo além do que já percebera até então. Seriam passos? Uma... duas... três pessoas se aproximavam, no mínimo. Mais uma vez ela forçou, forçou o corpo e as vistas, forçou para mover-se, precisava colocar-se de pé, mas o máximo que conseguiu foi erguer-se alguns centímetros do chão. Contentou-se apenas em abrir os olhos, a claridade não a cegava mais, não tanto. Um chão de pedras lapidadas entrou em foco, cinza escuro, iluminado por velas que possuíam o brilho de fortes lâmpadas, revelando manchas escuras por todo piso. Ousou levantar a cabeça e percorrer com os olhos todo o ambiente, as paredes também eram feitas de pedras, mas essas não eram lisas feito cerâmica, eram medievais, paredes feitas de pedra sobre pedra. Os passos se aproximavam ainda, estavam quase ali, faltava tão pouco... Inclinou a cabeça um tanto para o lado direito, olhando para uma porta de chumbo, tão discrepante daquele ambiente, que se abria lentamente... Espalmou as mãos no chão, ao lado do corpo, forçando-o para cima, mas não estava forte o suficiente... Um homem alto, de porte físico mediano, roupas galantes de séculos atrasados, longos cabelos louros presos em fita de seda e uma espécie de bengala na mão entrou pela porta agora completamente aberta. Era altivo e carregava na face uma expressão arrogante, de nojo. Seguindo-o, entrando logo depois, uma mulher tão alta quanto o homem e tão arrogante também, cínica, morena de profundos olhos negros, cruéis, cabelos mal cuidados, face encovada, roupas tão galantes, mas tão sombrias e mal cuidadas. Por fim, um terceiro homem. Esse não era tão alto, mas lembrava em muito um morcego com sua capa esvoançante, cabelos muito negros e extremamente lisos e oleosos. Seus olhos demoraram-se mais nele, naquele homem, naquele rosto, agora muito mais magro do que da última vez que o vira. Sentiu uma fúria crescente surgir dentro do peito, como um dragão sedento por vingança, uma fúria que despertava em si os instintos primitivos de sua raça, clareando ainda mais seus olhos já tão claros naturalmente, crescendo os caninos tão afinados e alongados. As mãos espalmadas jogaram-na pra cima, com uma força retirada toda de seu ódio. Mas antes que pudesse agarrar o pescoço do moreno e sugá-lo até a morte, seu corpo foi fortemente jogado para trás, contra uma das paredes de pedra. Novamente ela estava cara a cara com o chão, forçando o rosto para poder olhar para cima. E numa dessas forçadas ela viu, era ele. Trajado com um manto negro, um quarto ser se fez presente naquele recinto, branco feito a morte, rosto muito magro, encovado, com traços que lembravam muito uma cobra; os olhos eram duas bolas vermelhas de íris invertida encaixadas em fendas, e no lugar de nariz havia narinas; não havia boca, e sim um rasgo sem lábios; era a criatura mais medonha que aquela mulher, ao chão, já vira em toda sua vida. Lord Voldemort, usando sua varinha, tirou-a do chão e arremessou-a contra uma das paredes, mantendo-a no ar depois. O homem louro deu um passo à frente, lançando um jato de água gelada na vampira que sentiu muita dor, mas não dor do jato ou temperatura, mas dor da água entrando em cada ferimento não curado, estimulando, novamente, o escorrimento do sangue que fora estancado por pequenas coagulações. Ela não gritou, não demonstraria fraqueza, deveria ser forte, deveria mostrar autoridade, altivez. Ao invés de gritos, uma gargalhada estridente invadiu seus ouvidos; a mulher parecia estar se divertindo muito com toda aquela cena.* "Então nos revemos novamente, Korvinus. Faz tanto tempo... Mas você não se lembra, não é mesmo?!" *A voz era tão ofídica quanto à face dele, era quase um sibilar natural de uma cobra, e repetia-se na mente de Teka em várias alturas, uma palavra misturando-se à outra. Ela não lembrava-se de ter topado com Lord Voldemort algum dia em sua vida... Ela não se lembrava de nada antes dos últimos dezessete anos.* "Mas você sabe por que eu te trouxe aqui, não sabe?! Severus não me é mais útil para adentrar os terrenos de Hogwarts. Depois de sua partida, novos encantamentos foram feitos por ali, novas proteções foram fornecidas ao colégio para barrar a MINHA entrada! E você, Stephanie Reichert, será a minha passagem para Hogwarts!" *Apesar das palavras entrarem um tanto emboladas em sua mente, ela entendia até bem o que ele queria lhe dizer, o que a trazia ali: Lord Voldemort queria todos os encantamentos e desencantamentos para entrar em Hogwarts. Era óbvio, ela nunca falaria, ele nunca conseguiria nada dela. Porém, algo a mais naquela frase lhe chamara atenção; ele não a chamara por Teka ou por Korvinus, muito menos pelo nome dado à sua raça, ele não a chamara por um nome conhecido, ou ela entendera errado? Tentou-se lembrar da frase inteira, de tudo que lhe foi dito, mas não lembrava-se mais do nome, mas ela sabia, tinha certeza, não era o seu nome. Será que ele...? Ela tentou ser mais forte, ela tentou pôr-se firme, mas o corpo não obedecia, estava erguida no ar, mas o corpo tombava pra frente, os olhos virados para dentro das órbitas, a água pingando do rosto e das roupas. Ela fechou os olhos por um instante, movendo a boca fechada, como se pensasse, mas já tinha a resposta fazia tempo. Abriu os olhos e mirou Lord Voldemort, sorrindo cinicamente; com o movimento da boca ela havia reunido uma boa quantia de saliva, cuspindo-a no Lord das Trevas. A reação dele foi imediata: bateu a garota contra a parede novamente, que foi ao chão com violência, depois. Aproximou-se dela, os olhos flamejando de raiva, pegou-a pelo pescoço, erguendo-a no ar enquanto suas unhas, grandes, mal cuidadas, grossas, penetravam a carne dela.* "Vai se arrepender muito disso, garota petulante!" *Arremessou-a contra a parede novamente, dando-lhe as costas e saindo da sala, mas não sem antes dizer aos seus servos que "cuidassem" dela. Ao chão, ela riu fracamente com as forças que ainda lhe restavam, e rolou pelo chão, deitando-se de costas, com as pernas estiradas. Foi a Lestrange que se aproximou dela, também ria, mas ria de prazer, ria por gostar do que via. A bruxa Comensal da Morte pisou no rosto da vampira com sua bota, olhando bem na face dela.* "Atrevida, ninguém insulta meu mestre. NINGUÉM!" *Depois disso, afastou-se. Teka sentiu a força de três maldições muito bem executadas, três crucios fortes o suficiente para acabar com uma pessoa, mas ela não era uma pessoa... Mesmo ferida, mesmo fraca, ela não era uma humana... Contorcia-se e berrava de dor, mas não eram apenas berros... entre um e outro, havia gargalhadas, risadas altas, risadas cínicas. Os bruxos se entreolharam, cessando a maldição. Ela era... louca?! Ao chão, ela ria, ria, ria... ria sem parar, ria com escárnio... matariam-na, mas nunca, nunca conseguiriam nada dela. E, do lado de fora, Voldemort afastava-se por um corredor que possuía a mesma aparência da sala em que esteve, porém muito mal iluminado. Grades de ferro protegiam celas vazias, a porta de chumbo era deixada para trás, e na face do homem, da criatura, pois aquilo não podia ser chamado de homem, uma expressão muito diferente do que a que deveria habitar ali. Ele...sorria?! Reichert era resistente, nunca se renderia à ele, mesmo como humana ela sempre fora daquela forma. Mesmo naquelas condições, era bom revê-la...*


Feito por Yasmin Monteiro.


*Os anjos andavam lado a lado. A morena ainda com o uniforme da escola Hogworts, e o anjo com roupas negras que esvoaçavam ao vento da noite. Os jardins da mansão eram mal iluminados, apesar de bela, a casa tinha uma aparência abandonada, esquecida. Muitos lampiões espalhados pelos jardins tinham seus vidros quebrados, e se mantinham apagados todo o tempo, tanto tempo que em seu interior já ganhara uma fina camada de pó, misturado a terra batida que o vento forte fazia subir em determinados momentos. A grama já estava alta, alcançava as canelas dos dois que faziam questão de se manterem atentos a qualquer movimento. Desde o primeiro passo dado dentro dos limites da mansão, ambos sentiam olhos grudados neles que não desviavam nem por um segundo. Em pouco tempo, os dois se acostumaram aquela sensação e tornaram a agir com mais naturalidade. Quando chegam no portão da mansão, deparam com uma linda porta de madeira polida e trabalhada a mão delicadamente que se erguia a cima de suas cabeças, obtendo quase três metros de altura, numa largura de um metro e meio, meio encardida e suja pelo tempo. Curioso mesmo era o fato de que a bela porta de entrada não possuía maçaneta. Nem maçaneta, nem campainha, nem nenhuma outra maneira de ser o acesso a entrada da casa. Havia apenas uma fênix esculpida na parede da lateral da porta. As paredes de toda a mansão aparentavam ter sido de pedras claras e reluzentes, porem, no exato momento, eram apenas acinzentadas e as pedras mais próximas a grama, já era possível ver o musgo a se alastrar no vão das mesmas. Assim que a morena notou a diferença da claridade entre as pedras das paredes externas do casarão e a pedra onde havia a fênix esculpida, pode notar que a casa estava sendo usada. So não conseguia entender como haviam burlado a segurança do feitiço presa a escultura. Somente herdeiros legítimos podiam entrar e permitir acesso ao Hall. Angel olha para o parceiro e da um meio sorriso, enquanto aproxima os lábios da fênix na parede, e ao fazer isso, fecha os olhos e sente os flashs mais uma vez invadirem sua mente. Uma criança e uma mulher estavam paradas no mesmo lugar que ela estava no momento. A mulher, muito branca, com roupas negras e maltratadas, com um belo rosto, pega a criança no colo. Ambas sorriam. A criança de cachos loiros estalava um gostoso beijo no rosto da mulher, e a mesma lhe retribuía com um sorriso. E naquele sorriso, caninos pontiagudos se mostravam inofensivos. A mulher deixa que a criança chegue a boca perto da parede lateral da casa, e a loirinha começa a cantar uma musica, muito parecida com cânticos de ninar. Instantes depois, a bela porta de madeira trabalhada vibrava e abria lentamente. Ambas entravam, a mulher ainda segurando a criança, que seriam recebidas na sala de visitas poucos corredores depois. Esta cena, Angel não tornou a ver, pois logo abriu os olhos e se viu com os lábios tão próximos como a garotinha das lembranças, e com a porta em sua frente entreaberta. A garota olha para o anjo, que sustentava um sorriso triste. Nenhum dos dois diz nada, ele apenas empurra a porta, que cede com um pouco mais de esforço dele. Ao adentrar a casa, Angel já saca a varinha, deixando-a em prontidão, iluminando o Hall a frente dos dois. Quando o anjo termina de passar, a porta se fecha com um baque seco.* Lumus.*Murmura ela para a varinha, que ascende prontamente, iluminando um raio de dez metros ao redor dos dois. Ela levanta um pouco a varinha e ambos podem observar um Hall de casa nobre, extenso, com pilastras nas laterais. Panos desprendiam no topo das pilastras e ficavam soltos ao lado das mesmas, cheios de poeira e te tristeza impregnados no tecido de cor clara. O azulejo quadrado e liso no chão sob seus pés aparentavam rachaduras em vários pontos, e muita poeira acumulada. Curiosamente, em determinados locais a poeira não era tanta, e nesses locais se formavam marcas de sapatos humanos. Eles se entreolham. Não seriam tão idiotas, acham melhor não se guiarem pelas pegadas e sim pelo faro. Num piscar de olhos o rapaz já estava em sua meia forma angelical. Seus olhos clareavam de uma forma que ficavam quase brancos, seu corpo tomava uma forma mais musculosa, e mais delicada, tornando-o mais belo que qualquer humano já visto. Seu cabelo liso tomara uma forma trançada em suas costas, e iam ate a altura da cintura. Enquanto a morena tomava uma forma mais maliciosa e luxuosa. Suas pernas ficam um pouco mais cumpridas e tomaram um formato mais adulto, uma aparência de mulher. Em seu rosto a mesma mudança, com ainda um toque angelical, com seus olhos escuros, que tomavam um tom de vinho. Mais uma vez se entreolharam, estavam prontos. Começaram a andar com passos largos e rápidos na direção em que o corredor dava. No fim deste, outros apareceram, mais portas, e mais corredores. Seguiram ao lado leste da mansão. A morena indicou uma passagem num quadro, que pedira senha e ela, corretamente, lhe respondeu. Continuaram o trajeto, e sentiam que o chão sob seus pés começava a inclinar, estavam indo para o subsolo. Ele ouve passos, e ela logo descobre de onde vem. Duelam com três bruxos mascarados, os mesmos usam apenas maldiçoes imperdoáveis e magia negra. Os anjos usam apenas feitiços simples para desviar deles e um escudo protetor apropriado para eles, pela raça. Deixam-nos desacordados e o anjo deixa uma pequena marca na testa de cada um deles, feita pela varinha da morena que ele pegara. Começam despir-se de suas roupas e pegar as das pessoas que acabaram de desmaiar. Depois de já vestidos com as roupas legras e largas, pegam suas mascaras e as colocam, conjurando um feitiço perturbador em volta do local onde estavam os três corpos. Continuaram a descer. Passavam por mais Comensais, agora de forma discreta." Como são imbecis", a morena pensa.*



"Sou pequena mas não sou pedaço. Máximo de mulher, num mínimo de espaço."