sábado, 7 de fevereiro de 2009

Here I go, on my own ~*>


Dia 6 de fevereiro de 2009.

Arrependimento.

Já se arrependeu de alguma coisa que deveria ter feito e não fez? Ou de algo que NÃO deveria ter feito e fez? Ou as duas coisas? Bem, se a resposta é não para todas elas, merece meus reais parabéns, mas se para alguma delas a resposta é sim: Que pena, estamos no mesmo barco, meu camarada. Sente-se por mais um minuto, tome mais um copo e deprima-se mais um pouco. Como eu.
Ah, já sei! Acha que estou exagerando. Quer exemplos? Eu darei exemplos. Não citarei nomes, porque sim, posso me comprometer.
Primeiro: Digamos que desistiu de algo muito importante, simplesmente por culpa de planos de terceiros. Bem, passou algum tempo e você percebeu a burrada que tinha feito, porque, de fato, o tempo havia passado mesmo, e não tinha mais volta. O que você deixou de fazer, ficou lá, nas milhares de oportunidades que você tinha e não tem mais (!) .
Segundo: Você embarca numa nova aventura que vai tomando mais tempo, mais responsabilidade e mais do seu eu do que você tinha imaginado tomar anteriormente. De acordo com o seu coração e o seu caráter, não se arrepende. Até porque era algo que você realmente queria. Queria. Até notar o quanto aquilo te ocupava, e o quanto tinha deixado passar por aquela tal aventura, que já não era mais uma aventura de verdade e sim uma realidade dura, próxima e atraente. Você sente que ama aquela realidade pós aventura, mas sente também que ama aquela liberdade deliciosa que tinha. Tinha.
Imagine-se chegando de um encontro com amigos num dia normal de sexta-feira, entrando em casa, destrancando a porta. Encontrando a casa vazia. Seus familiares fora... Toda casa, espaço e silêncio para você suspirar e deixar seu coração afundando em arrependimento. Isso mesmo, meu camarada, arrependimento. Palavra a qual você pensou um dia fazer por merecer para tê-la fora do seu passado, presente e futuro.
Nesse momento, eu repito em voz alta: ARREPENDER-ME-EI.
Vou me arrepender de ter embarcado numa aventura e não ter dado limites a ela. A ela e a minha imaginação. A ela, minha imaginação e meu coração. Porque agora, além do arrependimento, vem a mágoa e saudade do que nunca foi feito e visto. E o medo, é claro. De volta a ser uma pessoa impulssiva e tomar atitudes precipitadas. De mais arrependimento, de perder a aventura amada. De desistir de mais planos e correr atrás de um passado que é, mais do que nunca foi, passado.
O pior de tudo isso é que você se vê triste, e é uma tristeza sem motivos aparentes. Você tem uma casa, você tem uma família.Tem um amor. Tem amigos, mesmo os mesmos estando longe, de fato. Você tem planos. NOVOS planos... E não espera abandonar nenhum deles, nunca mais. Porque conhece a experiência de ter perdido, ou melhor, abandonado um deles pelo seu caminho. Um caminho tão curto aos dezesseis anos.
E hoje eu fecho meus olhos e respiro fundo. Observando mentalmente todos os meus NOVOS trilhos, minha NOVA caminhada. Minhas atitudes e minhas metas. Metas... NOVAS metas. Percebe, finalmente, que é uma nova pessoa. Com amigos diferentes, amores diferentes, atrações diferentes. O que te fazia dar gargalhadas a uns tempos atrás, talvez ainda te tire um sorriso hoje. Ou não. E o que você achava piego e brega, venha a lhe trazer felicidades e risadas incríveis. Você tira força de onde menos imaginava tirar. Consegue contar nos dedos as vezes que isso aconteceu, e o quanto você melhorou, evoluiu em cada mudança. Em cada suspiro. Em cada novo amor. Em cada novo lar. Com os novos amigos. Com os novos pais ! Percebe enfim que ainda tem forças para uma vida inteira e que o tempo que poderia sentar-se por mais um minuto e deprimir-se, você poderia dar uma risada, um telefonema, ou escrever um texto.
Arrependa-se quando necessário, mas não faça disso um martírio, nem uma cruz para carregar pelos seus dias. Faça disso uma lição, e melhor, aprenda com ela.

Um comentário:

newchameleon disse...

NOTA: Tem uma parte do meu blog que está branco. ¬¬ SOCORRO. uu~